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28 abril 2011

Santos inicia oitavas vencendo

Santos venceu o América-MEX pelo placar de 1 a 0

O Santos não apresentou contra o América-MEX, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, jogo de ida pelas oitavas de final da Taça Libertadores, um futebol vistoso, com lances brilhantes. Não foi envolvente como costuma ser. Mas venceu. Uma vitória magra, é verdade: apenas 1 a 0. Mas o suficiente para que o time jogue por um empate ou até perder por um gol, desde que marque, no jogo de volta, terça-feira, às 22h45m (horário de brasília), em Querétaro, a 221 km da Cidade do México. O América, por sua vez, precisa vencer por dois gols de diferença. Se devolver o 1 a 0, os mexicanos levam a decisão para os pênaltis. Antes, porém, o time alvinegro terá a semifinal do Paulistão contra o São Paulo, no próximo sábado, às 16h (Brasília), no Morumbi.
Paulo Henrique Ganso, com uma bomba certeira de pé esquerdo, fez o único gol da partida. Pelé, de seu camarote, assistiu à partida.
Ganso, milimétrico
O América entrou em campo sem alguns de seus seus melhores jogadores de frente. Montenegro, Sanchez e Reyna estavam no banco. Os mexicanos são filiados à Concacaf (Confederação de Futebol das Américas do Norte, Central e Caribe) e disputam a Taça Libertadores, competição sul-americana, como convidados. Com isso, não podem disputar o Mundial Interclubes se forem campeões. Por isso, preferem priorizar o seu campeonto local. Com seus principais atletas no banco, o técnico Carlos Reinoso optou por um time mais fechado, com duas linhas de quatro fixas. À frente, somente os grandalhões Vuoso e Márquez. A intenção era clara: bloquear as saídas do time santista. Com a bola no pé, a ordem era jogar pelo alto para os dois postes fixos à frente.
O Santos não achava brechas para penetrar o muro amarelo. Batia e voltava. Neymar arriscava dribles de efeito, elásticos, pedaladas. Mas nada dos mexicanos caírem nos seus truques. Ganso acertava as viradas de jogo, mas os laterais estavam bem bloquados.
Dessa forma, o jogo era concentrado no meio de campo. O Peixe com a bola e o América se defendendo. No entanto, o primeiro lance de perigo foi dos visitantes, já aos 29 minutos. Quando, enfim, a bola veio pelo alto, Vuoso escorou para Olivera, que vinha de trás. Ele emendou chute forte de esquerda. Rafael espalmou.
O Santos acordou depois desse lance. Uma coisa estava clara: como estava difícil entrar tocando, o jeito era arriscar de fora. Danilo fez isso, aos 32. Mas o tiro saiu fraco, rasteiro. Ochoa encaixou sem dificuldades. Era preciso caprichar mais, acertar o foco, alinhar a mira. Especialidade de Ganso. Aos 38, Léo, espertamente, cobrou um lateral rápido e pegou a zaga do América desprevenida. Livre, Neymar recebeu e partiu como um ponta esquerda. Chegando ao fundo, ele já estava cercado, mas acertou o passe para o camisa 10, que vinha atrás. O craque ajeitou e mandou o tiro de esquerda. Nem muito forte, nem muito fraco. Na medida certa para tirar a bola do alcance de Ochoa e fazê-la entrar no canto esquerdo do goleiro. Pelé, em seu camarote, vibrou com o gol de mais recente herdeiro da camisa 10 santista.
América põe titulares e equilibra
No segundo tempo, Carlos Reinoso resolveu colocar seus melhores jogadores em campo. Reyna e Sánchez entraram nos lugares de Vuoso e Olivera, respectivamente. Com isso, o América ganhou qualidade em sua linha ofensiva. Passou a prender mais a bola na frente e a pressionar o Santos, que se retraiu.

Os jogadores que deveriam tirar o Peixe do sufoco não conseguiam criar muita coisa. Neymar, bem marcado, tinha dificuldades para passar pelos marcadores. A zaga se comportava bem e tirava a bola de trás. O problema é que os meias Elano e Ganso não conseguiam acertar passes e a bola sempre ficava com o América. A torcida santista já se impacientava.
Nas poucas vezes que o Santos acertou uma sequência de pelo menos três passes certos, levou perigo. Aos 26, Ganso lançou Elano, que invadiu a área e chutou rasteiro. A bola bateu em Ocha. Depois, aos 29, Elano lançou Jonathan por trás da zaga. O lateral entrou chutando e errou o alvo. Esses foram os únicos lances de perigo em toda a segunda etapa. No mais, muitas faltas. Layun, por exemplo, abusou e acabou levando dois amarelos e, consequentemente, o vermelho.

SANTOS 1 X 0 AMÉRICA-MEX
Rafael; Jonathan, Dracena, Durval e Léo; Arouca, Danilo, Elano (Adriano) e Ganso; Neymar e Zé Love (Alan Patrick)Ocha, Valenzuela, Mosquera, Cervantes (Layun) e Rojas; Rosinei, Olivera (Sánchez), Vuoso (Reyna)  e Reyes; Martínez e Marques
Técnico: Muricy RamalhoTécnico: Carlos Reinoso
Gols: Ganso, 38 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Rojas, Mosquera, Danilo, Adriano (Santos). Cartão vermelho: Layun (América)
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 27/4/2011. Árbitro: Jorge Larrionda (URU). Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Miguel Nievas (URU). Público e renda: 11.417 pagantes/R$ 474.800,00

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